segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Na volta...

De volta ao Rio, aos 45 de um novo tempo, olhei a Baia de Guanabara e fiquei pensando que apesar da poeira que está no Centro, apesar de um Rio de Janeiro desordenado, apesar do horizonte incerto, eu sou TOTALMENTE carioca.
                              

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Confraria do 171 em Vila Isabel

                                                                          

Noel Rosa já dizia: “Quem é da Vila, não vacila”. Será??? Noel não imaginou que um grupo de pessoas inteligentes e bem humoradas criaria a Confraria do 171 para saber quem vacila.
 Eu explico: há 17 anos, na esquina da 28 de setembro— mais precisamente no Bar Petisco da Vila— um grupo se reúne no dia 17/01, para decidir quem foi o mais 171 do bairro. O encontro de hoje decide o 171 de 2011, mas também tem a eleição para saber quem foi o mais 171 nesses 17 anos de confraria. Ou seja, duas eleições em um dia! ou melhor, em uma noite, madrugada...


                                 
                                          
O encontro é um verdadeiro evento, organizado pela Banda de Vila Isabel. Tem camisas 171, muito samba, muitas gargalhadas e histórias de 171 para todos os lados. Se a moda pega no Brasil todo, só teríamos data para começarmos o evento, porque a lista certamente é grande. Façam as escolhas.  Quem você acha que foi o 171 de 2011???

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Filosofia do mês....


                                                                   


            Longe fica nas paredes da memória....

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Um novo retrovisor

                                

Malas prontas. Tudo certo para a viagem de férias. Não ficaria muito tempo, bastava uma semana para rodar pela cidade. Chamou um táxi pelo telefone. Como sempre fazia. Achava muito boa a ideia de ir conversando com os motoristas. Era uma espécie de divã. Falava, falava e depois batia a porta com alívio.
Entrou no táxi e viu que apesar de usar um elegante vestido, havia esquecido de colorir os lábios. Faltava-lhe um brilho. Começou a conversar com o motorista sobre o carnaval, enquanto revirava a bolsa a procura de um batom.
O motorista perguntava se ela era casada, se estava indo viajar a trabalho, se conhecia a tal cidade. Com um sorriso no canto da boca, ele a olhava pelo retrovisor. Bonita, educada, simpática.
            Achava graça das frases dele. Não achava o batom, achou uma conta com o prazo vencido, consultou o calendário no celular e continuava a falar com o motorista. Não parava quieta com aquela bolsa de muitos fechos.
            Ele estacionou com cuidado, para retirar a mala. Não podia ficar muito tempo parado ali, porque táxis e aeroportos não são pacientes.
            Ela desceu do carro e quando foi pegar a mala, ele segurou a mão dela e perguntou se ela, realmente, não estava lembrando dele.
            Ela deu uma risada, não se sabe se foi um susto ou de prazer. De fato. Era ele! Seu primeiro namorado. Seu homem por quase quatro anos. Viu bem que os dentes dele ainda eram tortos e o corpo atlético. Sorriu com mais calma, sentindo a chuva cair. ‘Estimo em revê-lo’, disse.
            Vai ver é assim mesmo, pensaram. Algumas pessoas ficam a olhar a vida pelo retrovisor. Enquanto outras buscam novos voos, mesmo sem brilho.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

As canções

Escolhi o cinema para retomar as palavras por aqui, porque não há nada melhor do que uma sala de cinema para descansar (?) de um cotidiano miserável que se repete todo ano: fortes chuvas, desabrigados, aumento de preços na primeira semana do ano, BBB (hein?), dinheiro público que vai e vem, mas não fica em lugar algum.
Por isso, o primeiro post do ano vai para As canções, documentário dirigido por  Eduardo Coutinho.
                                       

No documentário, para cada história de amor (histórias que se repetem, diga-se de passagem), há uma música. Ainda que o documentário apresente uma repetição (mais uma repetição?) da figura da mulher abandonada e do homem com final feliz, não só gostei de ouvir as narrativas, bem como cantei as músicas selecionadas, em conjunto com a plateia do cinema, ex-Unibanco Arteplex – atual Espaço Itaú.  
Em especial, destaco a história da Déa, 82 anos, que canta lindamente Último desejo – Noel Rosa
                                                                       
Nunca mais quero seu beijo   
Mas meu ultimo desejo
Você não pode negar
Se alguma pessoa amiga
Pedir que você lhe diga
Se você me quer ou não
Diga, que você me adora
Que você lamenta e chora
A nossa separação”


A história do Queimado (mais carioca, impossível!) que resgata a mulher da vida dele, depois de ouvir Que nêga é essa, do outro mais carioca, impossível, Jorge Ben.



E a história da corajosa Silvia, que conta os muitos anos de idas e vindas de um amor através da música Retrato em Branco e Preto- Chico Buarque

"Já conheço os passos dessa estrada
 sei que não vai  dar em nada
o seu segredo sei de cor"
  
As narrativas são contadas no palco de um teatro, belas e verdadeiras histórias. É disso que precisamos! É sempre o simples que me encanta.