segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

As canções

Escolhi o cinema para retomar as palavras por aqui, porque não há nada melhor do que uma sala de cinema para descansar (?) de um cotidiano miserável que se repete todo ano: fortes chuvas, desabrigados, aumento de preços na primeira semana do ano, BBB (hein?), dinheiro público que vai e vem, mas não fica em lugar algum.
Por isso, o primeiro post do ano vai para As canções, documentário dirigido por  Eduardo Coutinho.
                                       

No documentário, para cada história de amor (histórias que se repetem, diga-se de passagem), há uma música. Ainda que o documentário apresente uma repetição (mais uma repetição?) da figura da mulher abandonada e do homem com final feliz, não só gostei de ouvir as narrativas, bem como cantei as músicas selecionadas, em conjunto com a plateia do cinema, ex-Unibanco Arteplex – atual Espaço Itaú.  
Em especial, destaco a história da Déa, 82 anos, que canta lindamente Último desejo – Noel Rosa
                                                                       
Nunca mais quero seu beijo   
Mas meu ultimo desejo
Você não pode negar
Se alguma pessoa amiga
Pedir que você lhe diga
Se você me quer ou não
Diga, que você me adora
Que você lamenta e chora
A nossa separação”


A história do Queimado (mais carioca, impossível!) que resgata a mulher da vida dele, depois de ouvir Que nêga é essa, do outro mais carioca, impossível, Jorge Ben.



E a história da corajosa Silvia, que conta os muitos anos de idas e vindas de um amor através da música Retrato em Branco e Preto- Chico Buarque

"Já conheço os passos dessa estrada
 sei que não vai  dar em nada
o seu segredo sei de cor"
  
As narrativas são contadas no palco de um teatro, belas e verdadeiras histórias. É disso que precisamos! É sempre o simples que me encanta.

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