terça-feira, 26 de julho de 2011

Nosso bolero?

                                   NOSSO BOLERO, SEM LERO LERO

domingo, 24 de julho de 2011

Jogo do bicho, literatura e Vila Isabel


Quem nunca teve a curiosidade de saber como se joga no bicho? Quem nunca teve a vontade de dar um palpite feliz?
Há alguns dias fui presenteada pelo amigo Léo Christiano, com o livro O jogo de Deus, do homem e do bicho. Recém lançado, o livro é uma publicação da editora Léo Christiano Editorial em parceria com a Eduerj (editora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro).
Além de contar a verdadeira história do surgimento do jogo do bicho, o livro também apresenta parte da belíssima coleção de estampas sobre o jogo do bicho que vinham dentro de maços de cigarros da marca Veado, uma das primeiras a aparecer no final do século XIX.  As imagens são acompanhadas por fábulas, e analisadas por Alexei Bueno. Há curiosas histórias sobre Vila Isabel e trechos da literatura brasileira sobre o jogo do bicho, como esta passagem: “os bichos de Vila Isabel, mansos ou bravios, fazem ganhar dinheiro depressa e sem trabalho” (Machado de Assis). Jogo do bicho, Vila Isabel e literatura. Mistura perfeita. Quem vai querer dar o palpite de hoje?

terça-feira, 19 de julho de 2011

A literatura é o caminho para se ter esperança.

Outro dia, procurando o que ver na TV, parei para assistir a uma entrevista no programa Espaço Memória, na TV Justiça. Fiquei surpresa ao ter ouvido a seguinte frase:

 “A literatura hoje é um ponto de confluência para melhoria de qualquer atividade humana, em especial a atividade de juiz”.
Acompanhei a parte final da entrevista e não sosseguei enquanto não descobri aqui na Internet uma cópia de todo o programa. A frase é do jurista Alberto Silva Franco. Li, ouvi e gostei. Uma verdadeira aula e quem quiser, e eu recomendo, pode assistir ao programa (dividido em três partes) http://youtu.be/jVtjNpwqAK8.  
Em tempos difíceis para ensinar a importância da literatura e acreditar na Justiça, uma fala assim, cai muito bem. Pode acreditar: “a literatura é o caminho para se ter esperança”.  Assista e tire suas próprias conclusões.

sábado, 16 de julho de 2011

Vendaval no Varal

                 “A minha vida é um vendaval que se soltou,
                   É uma onda que se alevantou,
                   É um átomo a mais que se animou...
                   Não sei por onde vou,
                   Não sei para onde vou
                   Sei que não vou por aí!”
                                                                                    José Régio

terça-feira, 12 de julho de 2011

O Lápis


Sem eletricidade pela manhã e precisando escrever um texto, procurei as canetas. Secas, falhando ou soltando tinta demais, sabe como é? E ali estava um lápis que eu não tenho a menor ideia de como surgiu e há quanto tempo. A ponta apontada.
Comecei a escrever com o lápis. Algumas coisas começaram a acontecer na minha memória e no meu coração. Voltei correndo para o Grupo Escolar D. Henrique Gelain (emérito bispo da diocese de Lins) e comecei a recordar das primeiras letras, ditadas pela dona Gessy Beozzo, no caderno de caligrafia. Senti que a minha mão ainda fluía bem com o lápis. Além de tudo, é higiênico. Só que a ponta acaba. E foi com uma afiada faca de churrasco que fiz o serviço. Que prazer, gente, fazer a ponta de um lápis. Fiz devagarzinho para não desperdiçar a emoção da minha volta ao passado.
E me lembrei que todos nós começamos a escrever com ele. Mas, ainda com sete anos, o sonho era começar a usar a caneta tinteiro e o mata-borrão. Mas isso era coisa para o pessoal mais velho, do segundo ano, na classe da dona Clara.
A caneta era com pena que a gente mergulhava no tinteiro. Voltava imundo para casa. Aí o sonho era a caneta Parker (que eu um dia escrevi aqui Park) que já vinha com tinta que a gente carregava em casa, num mecanismo avançadíssimo.
Depois o sonho foi a Lettera 22, depois a IBM de bolinha (dava para apagar os últimos dígitos errados) e depois veio o computador e agora o sonho é um Pentium 5. E o lápis ficou lá atrás. Só que ele não seca, não acaba e não suja. Aí me lembrei que existiam uns lápis que tinham uma borrachinha na outra ponta. Para apagar erros. Não resisti, saí e comprei. Não um, mas vários. E, é claro, um apontador. Não aqueles modernos com manivela, de mesa, mas daqueles pequenininhos, que hoje são de plástico transparente. Na minha época não existia plástico. Eles eram de madeira mesmo.
Aproveitei e comprei uma caixa de lápis colorida. Trinta e duas cores. Uma lata bonita. Aí, não tendo mais o que inventar para brincar, resolvi escrever um texto com letra de forma (porque se chama de forma?), escanear e ver se o computador reconhecia o meu texto. Não. Não por culpa dele, mas pela minha letra mesmo que, nestas últimas décadas, dado ao desuso, não apenas o computador não reconhece. Afinal, hoje em dia, além de preencher cheques, para que serve escrever à mão? Como para que serve saber somar ou subtrair se as maquininhas estão aí? Para que serve o curso primário? É aqui que eu queria chegar. Não adianta o governo testar alunos e professores e universidades. Vai dar sempre zebra.
O buraco é bem mais embaixo senhor Ministro da Educação. Vamos voltar ao lápis e aos dois mais dois. Vamos começar pela base. Vamos escrever a lápis. Mesmo porque, se não der certo, a gente apaga e começa de novo.
                                                  Mário Prata (O Estado de São Paulo - 07/07/2004)

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Cariocas


'Cariocas são bonitos
Cariocas são bacanas
Cariocas são sacanas
Cariocas são dourados
Cariocas não gostam de dias nublados'
Adriana Calcanhoto

quarta-feira, 6 de julho de 2011

DEBATE – Sociolinguística e didática: o livro didático em questão




Debatedores:
Professor Marcos Bagno (UnB)
Professor Ricardo Almeida (FEUFF)


Mediação:
Professora Jussara Abraçado (UFF-Letras)
Centro Acadêmico de Letras da UFF

Data: 06/07/2011
Local: Instituto de Letras da UFF (Sala: 218-C)
Horário: 19h

sábado, 2 de julho de 2011

Não acha?




O esmalte da unha já estava descascando quando ela se deu conta de que o tempo passou. Olhou para os lados, abriu um sorriso, mas o tempo passou. Via-se mais feliz, feliz com as pessoas, feliz com o emprego, feliz com o porteiro e infeliz com os ponteiros. Há um nó na vida que nem com o passar dos anos é possível desatar.
Mas agora que já escreve sem medo, que arrisca em dizer, agora que sabe o paladar da comida, agora que cozinha com alma, agora que faz por querer, agora que olha maliciosamente, agora que vê que o espaço é pequeno, agora que assume a bagunça eterna, agora que abre os olhos e duvida, agora que batuca no teclado, agora que repara o retrovisor do lado, agora, justo agora, é a hora: chuta o balde!! Ora, ora...
C. Varandas