domingo, 14 de julho de 2013

Nosso 14 de julho


                       

A viagem não seria o problema. O que me inquietava era aquele sorriso em silêncio. Já não conseguia saber se a felicidade estava, de fato, ao meu lado. Estávamos confiantes com a decisão tomada. Quem se importaria? Como saber a opinião de um mundo que sempre é ausente de atitudes? Como evitar que as pessoas carreguem o medo na boca, na pele, na unha?
    A Chuva caía forte e com força segurava o volante, certo de que precisava de muita atenção. O sorriso permanecia nos lábios, o coração bobo disparava e o rio transbordava. Sairíamos ilesos dessa história? O tempo é o nosso inimigo.

Eu lhe falei de um lugar onde nos sentiríamos seguros. Sua gratidão me confortou. Partimos em silêncio. Ao lado dos nossos sapatos deixamos um cravo amarelo e um escrito.
(c.varandas)

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