A viagem não seria o problema.
O que me inquietava era aquele sorriso em silêncio. Já não conseguia saber se a
felicidade estava, de fato, ao meu lado. Estávamos confiantes com a decisão
tomada. Quem se importaria? Como saber a opinião de um mundo que sempre é
ausente de atitudes? Como evitar que as pessoas carreguem o medo na boca, na
pele, na unha?
A Chuva caía forte e com força segurava o volante,
certo de que precisava de muita atenção. O sorriso permanecia nos lábios, o
coração bobo disparava e o rio transbordava. Sairíamos ilesos dessa história? O
tempo é o nosso inimigo.
Eu lhe falei de um lugar onde
nos sentiríamos seguros. Sua gratidão me confortou. Partimos em silêncio. Ao
lado dos nossos sapatos deixamos um cravo amarelo e um escrito.
(c.varandas)
(c.varandas)
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